quinta-feira, 25 de junho de 2015

BNDES e Sabesp assinam contrato para ligar Paraíba do Sul ao Cantareira

Segundo a Presidência, o financiamento do banco vai ser de R$ 747,4 mi.
Presidente Dilma e governador Alckmin acompanharam ato em Brasília.


Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) assinaram nesta quinta-feira (25) contrato de financiamento para as obras que vão ligar as represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacia do Sistema Cantareira).
Segundo o governo paulista, a obra de ligação das represas é necessária para garantir a segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo e custará R$ 830 milhões. O financiamento do BNDES vai ser de R$ 747,4 milhões.
De acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, as obras de ligação do Paraíba do Sul ao Cantareira terão 20 quilômetros de extensão. Em discurso no evento, o governador frisou que a seca registrada no ano passado foi a maior da história.
“O desafio que nós enfrentamos em 2014, senhora presidenta, foi a maior seca da história. No século passado, o ano que menos choveu foi 1953 na região do Cantareira. No ano passado, em 2014, choveu a metade de 1953. E essas mudanças de pluviometria e climáticas podem ter vindo para ficar. Esta é uma obra estruturante”, disse o governador.
Após a assinatura do contrato de financiamento, a presidente Dilma Rousseff também discursou e afirmou que os governos federal e de São Paulo têm sido “parceiros, dentro das possibilidades”.
“E, desde o início da crise hídrica que se abateu sobre o Brasil, tanto no Nordeste como no Sudeste – e o governador tem toda razão porque a hidrologia que tivemos nos últimos anos está completamente fora da curva –, tomamos atitudes”, disse a presidente.
A cerimônia de assinatura do contrato ocorreu na Sala de Audiências do Palácio do Planalto, salão com capacidade para 30 pessoas. Entre os presentes, estavam ministros, como Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Kassab (Cidades) e Nelson Barbosa (Planejamento), o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e integrantes do governo de São Paulo.
De acordo com o governador de São Paulo, com as obras, a capacidade de reservas das duas represas dobrará, passando de 1 bilhão de metros cúbicos por segundo para 2,1 bilhões. Na avaliação de Alckmin, a transposição diminuirá a “vulnerabilidade” dos sistemas.
“Com os dois reservatórios integrados, isso se torna uma via de mão dupla. São 20 quilômetros de obras, sendo 13 quilômetros de adutoras e 6 quilômetros de túneis. Esta é uma obra importante e no dia 29 vai ser a abertura da última fase, o pregão eletrônico. Se não tiver nenhum problema jurídico, partiremos, então para a assinatura do contrato. É uma obra estruturante e preparada para 2017”, disse o governador.
Alckmin disse que não haverá rodízio no fornecimento de água no estado. “Estamos preparados para o período seco”, acrescentou.
Parceria
Ao comentar as declarações da presidente, Alckmin disse que é “dever” dele e de Dilma serem “parceiros”. Ele afirmou que o Brasil é uma república federativa e os governos precisam trabalhar pela população, “principalmente neste momento”.

“O dinheiro público de São Paulo não é do PSDB, assim como o federal não é do PT, eles são do contribuinte e precisam ser aplicados de acordo com o interesse público. […] Disputa eleitoral precisa ser feita, mas tem seu momento exato. Fiscalização é necessária, críticas e denúncias, agora, os governos precisam trabalhar pelo povo”, disse o governador.
‘Tranquilidade relativa’
Após a cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que o governo tem “tranquilidade relativa” quanto ao fornecimento de água no estado. Segundo ele, isso se deve às incertezas sobre a quantidade de chuva que haverá em São Paulo este ano.

“A tranquilidade sempre é relativa em relação à questão pluviométrica. Não existe certeza em relação a volume de chuva. A tranquilidade relativa é porque temos um fato concreto, que é o ano de 2014, um dos piores na história de São Paulo. Se tivermos 80% [das chuvas registradas em 2014], portanto um ano pior do que 2014, mesmo assim vamos conseguir atravessar 2015”, disse Kassab.
Segundo ele, houve, tanto em 2014 como neste ano, campanhas educativas no estado sobre consumo consciente da água, o que fez com que os reservatórios conseguissem aumentar sua capacidade de armazenagem de água.
FONTE.Filipe Matoso Do G1, em Brasília
Acesse o site

Nenhum comentário:

Postar um comentário